sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

O blog Everything & Nothing deseja a todos um Feliz Natal. Não com muitos presentes, mas com muito amor no coração.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Existe pessoas que ficam imortais no nosso coração...

Foi ontem mas, na verdade, já se passaram quatro anos.
Pode esgotar-se todo um milénio que, ainda assim, vais estar no meu coração.


Passam muita pessoas na minha vida mas, tu (os dois) és  única.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ENTREABERTA

Aberta e fechada
Revela e esconde
Dá e tira
Uma porta entreaberta,
É tudo e é nada ao mesmo tempo.






às vezes,
a vida dá-nos uma porta entreaberta
em que a força da nossa mão a abre completamente
ou a fecha de vez.



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ao vento...

A voz que se solta da tua garganta
São gritos mudos
Todos os escutam,
Poucos os ouvem,
Ninguém os sente.

As palavras que sopras
Agitam-se ao vento
Todos as escutam,
Poucos as ouvem,
Ninguém as sente.


Os pensamentos que transmites
São ecos perdidos do teu ser
Todos os escutam,
Poucos os ouvem,
Ninguém os sente.

As palavras que agitas nos gritos mudos da tua voz
Transmitem os ecos dos teus pensamentos perdidos.


Ouço com os ouvidos o que clamas ao vento
Com o coração ouço as palavras que emudeces.

domingo, 28 de novembro de 2010

São

Pedacinhos
de conversas
de sorrisos
de experiências
de silêncios
de olhares
de partilhas
de ternura
de ausências
de horas
de aprendizagens
de compreensão
A amizade é feita de pedacinhos. 
Pedacinhos de tudo o que há na vida, que quando partilhados completam o todo do que somos.






são pedacinhos de doces


Adorei, estava delicioso (como disse a minha afilhada)
Beijinho amiga

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Deixas-te ficar...

Acordas sem dormir e sais pra rua apressada
Caminhas suavemente iluminada
Atiras o teu corpo como se voasses no vento
Passo a passo perdes-te no tempo
E o mundo vai na tua mão e voas sem sair do chão

E cantas pra acordar a tua voz
E os loucos riem-se de ti
Cantam, dançam para ti
E vão ficando menos sós
E o mundo vai e voas sem

Regressas ao lugar
De onde então nunca saiste
Abraças o que de ti ainda resiste
Devolves ao espelho o teu disfarce lunar
Descansas, deixas-te ficar

(by Classificados)



Não dou tempo...

Por vezes nem dou tempo para me conhecerem.


Num recanto ténue de um ângulo onde já não sei onde estou,
Ouço ao fundo as fontes, os rios, os abismos, o meu ser agitado
E na terra volátil, na vegetação caprichosa, nas águas flutuantes subo ao chão e enterro-me no ar.
Bebo a eternidade para te poder contemplar fora e dentro.
Mas tu não me dás tempo.
Eu não me dou tempo.


Dou-te a minha vida em troca da tua.
.

It´s me…

Eu sou tão eu…
Sou tão à minha maneira…
Tão fácil e tão difícil...
Tão igual e tão diferente das pessoas que me rodeiam…



Vejo o mundo com os meus olhos nos olhos que me envolvem,
Vejo com o meu olhar a vida que me é reflectida no olhar dos que me olham nos olhos
A minha vida não é apenas minha, ela pertence a todos que nela cruzam…
A minha vida é um puzzle construído por todas as peças que cada pessoa adiciona.
Eu sou as peças que tu juntas ou separas…



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quarto minguante

O ano chegou ao fim…
O mês terminou…
O ontem passou…
O amanhã é menos um dia que se tem…
Vivem numa constante perda, morrendo a cada instante…
Vivem em quarto minguante…

Originally uploaded by: http://lente-abstratos.blogspot.com/

Se tiver de morrer, hoje será um dia tão bom como qualquer outro. Mas, se tiver que caminhar, continuarei a caminhar no hoje. Se caminhar não farei nada além de caminhar. Levarei comigo cada momento dos dias que ficam no passado e abraçarei cada instante de cada amanhecer de um futuro que se transforma em presente. Vou viver em quarto crescente…

domingo, 31 de outubro de 2010

Halloween...



Num descampado, junto de um velho carvalho está um grupo de amigos para uma inesquecível noite de Halloween. Sentados ao redor da fogueira laranja, sob a luz da lua cheia, ouvem os relâmpagos que estremecem no cimo das distantes montanhas e, com entusiasmo, contam histórias de terror. Entre risos maquiavélicos e gritos aterradores a noite vai-se transformando e das sombras libertam-se os seres nocturnos…de repente tudo fica estranhamente diferente…do nada a natureza fia em silêncio, os sons da noite ficam mudos, o ar fica tenso…o silencio é quebrado por um sussurro imperceptível que parece ter origem nas distantes montanhas…a noite começa a ficar aterrorizantemente estranha…o que era um sussurro ficou bem audível e o medo surge de forma fulminante entre o grupo de amigos…

“Todos morrermos uma noite, o nossa já foi, o vossa é hoje! Nunca mais vão existir na luz do dia…nunca…nunca mais….a escuridão e o nada para todo o sempre são o fim da vossa história…” 

Fujam…gritaram uns para os outros…
Onde estamos???
Que lugar é este???

Continua…
(o que vai acontecer ao grupo de amigos só as sombras podem revelar)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tempo ocupado

Já se passaram 8 meses desde que a agitação do curso terminou e confesso que estava a ficar entediada com a calmaria que andava a minha vida. Queria ocupar o meu tempo com alguma coisa útil, que me devolvesse a agitação às horas que sobravam ao fim do dia de trabalho. Bem, como quem procura acaba por encontrar, eu procurei e encontrei. Acabo de me meter em trabalhos que me vão rasgar as longas horas em escassos segundos. Aí como eu gosto disso   :p


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mergulha

no céu,
Voa no mar,
Corre no vento,
Ouve o frio,
Respira o sol,


Abandona esse sentimento de sofredor,
Reedita a tua vida…

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cada vida

Tem uma rota peculiar que exige um plano de percurso distinto para cada experiência
Na minha vida
Abandonei a plateia e ocupei o palco
Faço desta
Uma grande aventura onde procuro tesouros escondidos nos escombros do sofrimento...



“A flor mais exuberante brota no inverno emocional mais rigoroso.”

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um bom ponto de vista

"Um dia, todos nós vamos para a solidão de um túmulo. Uma criança com um dia de vida é suficientemente velha para morrer. A morte é a derrota da medicina. Todavia, apesar das limitações da ciência, devemos usar todas as nossas habilidades, não apenas para prolongar a vida, mas para fazer dessa breve existência uma experiência inesquecível. Os médico devem ser pessoas de rara sensibilidade, artesãos das emoções, profissionais capazes de ver as angústias, ansiedades e lágrimas que se escondem sob os sintomas. Caso contrário, tratarão de órgão e não de seres humanos. Acima de tudo, os médicos, bem como todos os profissionais da saúde, devem ser vendedores de sonhos. Pois se conseguirmos fazer os nossos pacientes sonharem, ainda que seja com mais um dia de vida ou com uma nova maneira de ver as suas perdas, teremos encontrado um tesouro que os reis não conquistaram..."



Augsto Cury in A Saga De Um Pensador

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pessoa

"Penso às vezes, com um deleite triste, que se um dia, num futuro a que eu já não pertença, estas frases, que escrevo, durarem com louvor, eu terei enfim a gente que me «compreenda», os meus, a família verdadeira para nela nascer e ser amado. Mas, longe de eu nela ir nascer, eu terei já morrido há muito. Serei compreendido só em éfígie, quando a afeição já não compense a quem morreu a só desafeição que houve, quando vivo.

Um dia talvez compreendam que cumpri, como nenhum outro, o meu dever-nato de intérprete de uma parte do nosso século; e, quando o compreendam, hão-de escrever que na minha época fui incompreendido, que infelizmente vivi entre desafeições e friezas, e que é pena que tal me acontecesse. E o que escrever isto será, na época em que o escrever, incompreendedor, como os que me cercam, do meu análogo daquele tempo futuro. Porque os homens só aprendem para uso dos seus bisavós, que já morreram. Só aos mortos sabemos ensinar as verdadeiras regras de viver.

Na tarde em que escrevo, o dia de chuva parou. Uma alegria do ar é fresca de mais contra a pele. O dia vai acabando não em cinzento, mas em azul-pálido. Um azul vago reflecte-se, mesmo, nas pedras das ruas. Dói viver, mas é de longe. Sentir não importa. Acende-se uma ou outra montra.

Em uma outra janela alta há gente que vê acabarem o trabalho. O mendigo que roça por mim pasmaria, se me conhecesse.

No azul menos pálido e menos azul, que se espelha nos prédios, entardece um pouco mais a hora indefinida.

Cai leve, fim do dia certo, em que os que crêem e erram se engrenam no trabalho do costume, e têm, na sua própria dor, a felicidade da inconsciência. Cai leve, onda de luz que cessa, melancolia da tarde inútil, bruma sem névoa que entra no meu coração. Cai leve, suave, indefinida palidez lúcida e azul da tarde aquática - leve, suave, triste sobre a terra simples e fria. Cai leve, cinza invisível, monotonia magoada, tédio sem torpor."









Fernando Pessoa In Desassossego

Noutros tempos.

No céu vi nuvens, nuvens que partiram e deixo para trás,
O céu é, neste momento, azul dia e noite.
Já foram longos os quilómetros para alcançar o Olimpo,
Engraçado agora encolheram.
Muitas pessoas viajam comigo, tantas outras escrevem, o álbum das saudades e
O que não foi registado no papel fica gravado na alma.
Por onde andei fui tão longe que alcancei o horizonte,
E agora caminho em abraços abertos que me esperam ao fundo da rua…
Noutros tempos
A viagem da vida pareceu mais longa nos minutos apressados de cabeça para baixo…





Dizem que o céu é infinito… hoje vi, não tem fim…

Rimas improvisadas...



Às montanhas que rasgam o céu junto o oceano que abre o horizonte, lavo as saudades em lágrimas e oculto a tristeza num manto de neblina. Acolho o fado das minhas entranhas gritado e desfaço o coração em poemas, rimas improvisadas…

sábado, 25 de setembro de 2010

Sentimento egoísta ou pessoas egoístas?

O amor é…

Amar é…


Confesso, gosto de ler como diferentes pessoas definem o amor, o que é amar alguém…gosto de ver como todas elas acabam por dizer o mesmo usando diferentes palavras. É interessante contemplar que este sentimento é descrito ou definido ao longo dos tempos com a mesma essência, mas por outras palavras ou mesmo por palavras permutadas. Visto desta forma até parece que o amor é uma frase criada ou, até mesmo, um sentimento único, imutável no tempo. “O amor é: dois corações tornarem-se um” é a frase em que a humanidade resume ser o amor.

Confesso gostar de ler, gostar de ver e achar interessante como é definido o amor porque não sei definir o amor... quando amo os corações não se tornam um…

Mas o que significa dois corações tornarem-se um? O que representa um mais um ser igual a um? Querem com isto dizer que quando se ama alguém, o sentimento que ambos sentem é igual? Que os dois se amam exactamente da mesma forma? Não será isto uma ilusão? Não será isto egoísmo? Cada ser humano é único, cada coração é singular e exclusivo na sua natureza de amar, de sentir. Ninguém ama igual a ninguém, ninguém ama igual cada amor que vive, nem mesmo, ninguém ama igual o próprio amor que vive no momento. No decorrer dos dias nós mudamos, a pessoa que está connosco muda.

O coração não bate todos os dias da mesma forma, como podemos esperar ser amados fielmente como amamos, quando nós próprios amamos todos os dias de forma diferente...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Hmm... e que dizes em...

tentar saber,
tentar descobrir,
tentar ver,
tentar sentir
o que sou...

hmm... que me dizes em...
mostrar um pouco de ti, colheres um pouco de mim...

podes continuar ver-me da mesma forma de sempre, mas podes, também, passar a ver-me de verdade...

domingo, 12 de setembro de 2010

A UM LIVRO



No silêncio das cinzas do meu Ser
Agita-se uma sombra de cipreste,
Sombra roubada ao livro que ando a ler,
A esse livro de mágoa que me deste!

Estranho livro aquele que escreveste, 
Artista da saudade e do sofrer!
Estranho livro aquele em que puseste
Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!

Leio-o e folheio, assim toda a minh'alma!
O livro que me deste é meu e salma
As orações que choro e rio e canto!...

Poeta igual a mim, aí quem me dera
Dizer o que tu dizes!...Quem soubera
Velar a minha Dor desse teu manto!...



Florbela Espanca 
in
Poesia Completa 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A espontaneidade...

Este mundo de existências vãs é um teatro. As pessoas frequentemente representam monólogos do que não são, do querem ser e não são, do que tentam mostrar ser e não conseguem. Elas agem de forma premeditada esperando obter comportamentos previsíveis. Os seus gestos, as suas palavras, os seus pensamentos estão enclausurados em personagens fictícias que procuram ser os que os outros esperam que elas sejam.



Esquecem-se que, no mundo do espectáculo, os aplausos não duram para sempre. Quando o pano desce a plateia vira de costas e saí apressada.



A liberdade é uma utopia.
A espontaneidade morreu.

domingo, 29 de agosto de 2010

Poucos...

foram os que verdadeiramente olharam em meus olhos 



e viram o que verdadeiramente sou!

sábado, 28 de agosto de 2010

Ohhhhh

E não é que os dias já estão a ficar preguiçosos? Deitam-se mais cedo e levantam-se mais tarde!

Como todos os Sábados às 6h da matina lá me levanto eu, toda contente da vida, para ir trabalhar e como sempre abro a persiana da sala para ver o dia. Para minha desilusão a manhã ainda está escurinha, com alguns raios de sol a espreitar à socapa. Assim não gosto! Eu quero o verão no seu auge!


Tenho de ver ter uma conversinha com o Sir Verão xD

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Levanta o olhar...

Olha para o lado
Vê para fora de ti
O mundo para além do teu
E sente a vida que não seja apenas a tua…

O egoísmo de algumas pessoas é tanto
Que julgam que o mundo gira em sua volta
E esquecem que tudo e todos giram com ele da mesma forma, à mesma velocidade com o mesmo sentido…


Levanta o olhar do teu centro
Desvia a visão do teu umbigo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Why not?

E porque não
Misturar
O Mau com o bom,
O amargo com o doce,
O feio com o bonito,


O preto com o branco,
O sal com o açúcar,
A lágrima com sorriso,
A tristeza com alegria,
O fim com o início…




E porque não misturar a minha vida com tudo isto. =)

domingo, 8 de agosto de 2010

One day!

 




Um dia...
Entrego à Natureza o coração que seguro em minhas mãos como se de algo de sagrado seja!
Ela vai saber explicar-lhe o porquê da morte,
Da forma como a morte é cruel, para quem leva como para quem deixa.















Ela vai saber suavizar-lhe a dor da incompreensão...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Foi como...

Foi como se a voz dele voltasse…

E nesse instante tivesse encontrado o caminho para as minhas memórias, desprendendo-as de regresso à vida. Foi como se o tempo se tivesse dobrado, como um leque, trazendo o passado para o presente, juntando o tempo e a distância e mesmo a saudade que preenchera tantos dias nesse entremeio.

صوت


Uma voz... igual à tua numa outra pessoa
trouxe-te de volta a este mundo, de volta a mim…

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mariza

Foi hoje o grande concerto pelo qual esperava assistir! E tenho a dizer que foi um estrondo, um máximo!!! Todo ele foi brindado com energia em palco, carinho com o publico, animação, humor, simpatia e claro está, com uma voz inesquecível.



Simplesmente adorei  :)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Incêndios...


É este o sentimento de quem combate os incêndios!
É assim que se sente quem tenta proteger a sua casa de um incêndio!




E quem tudo perde...deixa o vazio da eternidade de um até sempre sem volta!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

Finalmente (:

Sim, sim e sim
eu vou ao concerto da Mariza. 
Já comprei o bilhete e 
o meu lugar já está assegurado.
Dia 1 de Agosto vou estar vibrar 
com essa maravilhosa voz do fado  =)

Diz o primo Zé muito sério:

"Não sei se já te disserem isto..penso que já ouvi alguém dizer-te isto, mas olha se disseram vais ouvir novamente porque eu vou dizer na mesma. O teu rosto é muito expressivo...mas de uma expressão pouco comum...é uma expressão de alegria ou algo mais... "





Primo foste tu quem me disse isso
Foi a gargalhada geral.
 

terça-feira, 20 de julho de 2010

O que respiro



O que gosto
Ou não gosto,
O que penso
Ou não penso,
O que sinto
Ou não sinto,
O que quero
Ou não quero,
O que tenho
Ou não tenho,
O que vejo
Ou não vejo,
O que sonho
Ou não sonho,
O que sou
Ou não sou...

Gosto, penso, sinto, quero, tenho, vejo, sonho, sou a essência do ser que respiro.


segunda-feira, 12 de julho de 2010























Às vezes…
Por vezes…
Tem vezes…
Dá medo…
Há desânimo…
Que dói…

Porque sim e porque não,
Tenho medo, desânimo e dor
Da estrada iluminada pela escuridão…

As certezas por vezes afundam-se
Na multidão do que sou,
Numa mente que segue sem sentido...

Ninguém sente
Ninguém vê
Que a luz do sol
Que a luz da lua
Mantém o tempo vazio
No recanto aplaudido de seres que o preenchem…

Às vezes fico triste
E o sorriso é a melhor máscara de reconciliação com a vida...
E vivo assim...
Com um sorriso que às vezes não tem sentido...
Perdido em imagens sem cor...
Perdido em sons que se convertem a um vazio...
Um vazio que ocupa o ar…

Às vezes dói...
Dói porque sim e porque não...
Apenas dói…
Às vezes dá medo...
Medo porque sim e porque não...
Apenas dá medo.
Um medo que se finda quando arrisco seguir o caminho incerto sem luz...


(às vezes também sou ser humano,
às vezes também sou imperfeita,
às vezes também fico triste,
às vezes também escrevo sem sentido,
às vezes isso sabe muito bem!)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

pOR VeZEs...

Por vezes acontecem coisas más e o mundo cai a teus pés,



mas não podes esquecer as coisas BOAS que tens!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Fears...


1. Perder a memória, pois não existe um backup para esta. A memória é identidade pessoal de cada indivíduo;

2. Perder amigos ou pessoas que estimo devido a mal entendidos ou falhas de comunicação;

3. Não estar à altura da confiança que depositam em mim. Mais do que medo de falhar é desiludir quem cofiou;

4. Deixar de me divertir com tudo o que faço, desde o simples acordar ao natural adormecer;

5. Ficar com o coração vazio. Perder para sempre alguém que me seja próximo e essencial à minha existência e equilíbrio emocional;

6. Solidão. Morrer só, sem amigos à volta que me dêem mimos. Sem alguém com quem recordar as coisas boas e más.

7. Impotência perante o sofrimento dos que me são queridos;

8. Perder a vontade de viver, de apreciar a tranquilidade de caminho percorrido;

9. Deixar de ter vontade de rir, do prazer das pequenas coisas

10. …

domingo, 4 de julho de 2010

Pequenas Verdades

No meu deserto de água
Não havia luz para te olhar
Tive que roubar a lua
Para te poder iluminar

Quando iluminei o teu rosto
Fez-se dia no meu corpo
Enquanto eu te iluminava
Minha alma nascia de novo

São as pequenas verdades
As que guiam o meu caminho
Verdades brancas
Como a manhã
Que abre a janela do nosso destino
Como o teu olhar
Quando tu me olhas
Como a tua lembrança
Depois de partires

É verdade que a sombra do ar me queima
E é verdade que sem ti eu morro de pena

Misteriosa era a tua boca
Misterioso o meu lamento
Mas não se o nosso amor de primavera
Foi mentira ou uma paixão verdadeira

Quando a solidão regresse
Cega de amor irei até à morte
As verdades só existem pelos recantos da mente
Essa pequenas verdades que giram o meu caminho.

Mariza 

segunda-feira, 28 de junho de 2010

EmERgiR

Por vezes perco-me e
Naufrágo no meio do oceano.
Deixo-me ir bem ao fundo e
Contemplo a beleza das profundezas.
...
A natureza dotou-me com o desejo de emergir.

domingo, 20 de junho de 2010

Olha os meus olhos de frente...

...
Quem tem uns olhos assim
E quer fingir que o desdem,
Não pode nem um instante
Olhar os olhos d'alguém...

Por isso vai caminhando...
E se queres a muita gente
Demostrar que me despresas
Olha os meus olhos de frente!...

Florbela Espanca

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Procuro-te

No ano passado li, desta mesma autora, o livro “Nunca me esqueças” e tenho a dizer que adorei, é um dos melhores que li. É óbvio que quando vi que este livro tinha sido publicado, soube de imediato que o tinha de ler!

Como tenho um amigo que adivinhou os meus desejos de leitura recebi-o como prenda de Natal. (obrigada, querido Filipe!).
Infelizmente, ainda demorei algum tempo até pegar nele, mas assim que tive oportunidade não hesitei e mergulhei na leitura.

Tudo começa nos dias de hoje, com o falecimento da mãe adoptiva de Daisy, que antes de morrer a incentiva a procurar a sua mãe biológica. De repente somos transportados para os anos 50/60 onde nos é apresentada a família Pengelly, com as suas virtudes, defeitos e desgraças. As vidas de Ellen e Josie, duas irmãs, tornam-se o tema central da história, e a forma como as consequências das suas escolhas vão influenciar, muitos anos mais tarde, a vida de Daisy é sem dúvida uma coisa fascinante.

É uma história fascinante que envolve três vidas e um destino. Mas é acima de tudo a forma ponderada e bem organizada como a história é contada que cativa o leitor.
Fico ansiosa por uma nova publicação de Lesley Pearse.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

sE

Se
tu
viesses ver-me hoje
à tardinha,
...
E
me
prendesses toda
nos teus
braços
...

Florbela Espanca

sábado, 5 de junho de 2010

Tomorrow


Amanhã
vou ser um jornal antigo, sem abrigo num banco de jardim com vista para o mar.
Amanhã
morrerei em voz baixa e recomeçarei por mim própria na página seguinte .


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Se(m)ntido...

...porque nem tudo faz sentido... por mais que lutemos para que algo faça sentido não conseguimos... e depois, depois não depende só de mim para que faça sentido...eu preciso de algumas pistas, nem que sejam escassas ou breves mas, preciso que me expliques o sentido da tua atitude...  a imaginação ultrapassa-me e não consigo imaginar uma razão um sentido... o ser é feito sem sentido... e sem sentido nos mantemos... até que me voltes a falar e o tudo faça sentido no fim... enquanto isso não acontece eu vou dando voltas ao coração para ver a melhor posição para ele sossegar e não sofrer tanto...

domingo, 30 de maio de 2010

Serpentear de sentires



Num dia que parecera igual a todos os outros
Seus olhos abriram, abraçaram o romper do sol
Pousaram no vazio e relembraram breves imagens,
Vagos Instantes do que fora o seu dormir
Naquela noite que passara.
Lembrara…
A tranquilidade e a suavidade do que a cercava  
O envolvimento cúmplice do mar na areia…
E não tão nítido
Lembrara aquela figura que se aproximara…
Devagar aproximou-se ela também
Precipitou-se para ele,
Não acreditava
No que os seus olhos lhe mostravam…

Sei que não está afinado,
sei que os sons não sairão alinhados
com a orquestra à minha volta, disse ele,
mas esta melodia é para ti.

Ela sorrira
Com o vibrar da sua voz,
Com vislumbre da sua imagem,
Com a possibilidade de o voltar a abraçar,
Por momentos sentira que o tempo voltara atrás,
Por breves instantes acreditara que a morte não é para sempre,
Mas, quando erguera a mão para lhe sentir o rosto o dia começara
E o sonho, esse, fora interrompido pelos quentes raios de mais um romper do sol…

... Mas ainda te sinto, quando agarro areia da praia e esta esvai-se por entre os meus dedos.... nesse momento és real.. e esta distância que nos distância parece esvanecer-se.... vens ... neste serpentear de sentires...