domingo, 25 de novembro de 2012

Basta de violência...



Pobres criaturas
Que vagueiam na luz das trevas
Vacilantes no medo

Pobres criaturas
De corações desabitados
Doridos de temor

Pobres criaturas
De sorrisos subtraídos
Pela brutalidade de uma caricia

Pobres criaturas
De voz silenciada
Pela serenidade de um grito



Pobres criaturas de vida defraudada. Que vivem dias que se fazem acumular de dor, de vazio, de medo. Onde a coragem morre na culpa da cobardia. Pobres criaturas de corpos desfeitos, de sonhos trocados e vandalizados. Pobres criaturas que vivem sem viver, que choram sem ninguém querer saber, perdidas num mundo distorcido por sombras que saem impunes dos seus crimes.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Esperança



"No seu mundo de manto preto sem estrelas a noite não soubera que a luz havia chegado, e brincara às escondidas com o medo. E foi assim que o medo se apropriou da sua vida, cavalgando, por entre muralhas desabadas, batendo à porta de casas desfeitas por sonhos autistas. E dentro do medo um coração é um cometa gélido, a razão é carne pútrida, a vida é morte a respirar e a fábula não tem a moral prevista. 



O teu olhar tem um mundo inteiro, viçoso e válido, livre sem proprietário, para plantares nele o sonho. Acorda e vislumbra! Tocámos terra segura: Esperança."

quinta-feira, 1 de novembro de 2012