quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entre aspas


A tristeza é um sentimento tão legítimo como a alegria, assim como, protestar é tão legítimo como aceitar e, morrer tão legítimo como viver. Eu sempre me senti entre aspas nas vidas que frequentam a minha vida, porque sempre vivi sob perspectiva num mundo que pensa nas coisas como um absoluto. Nada é linear, e o que não se consegue por caminhos certos hoje, conquistas amanhã por linhas travessas. E nada é tão absoluto que tendo hoje, amanhã não percas ou vice-versa. O importante é levar os nossos objectivos avante, sem nunca esquecer que somos, também, responsáveis pelo que acontece ao nosso redor. Já me disseram que felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas. Eu digo que felicidade é a combinação de sorte com acaso, é a combinação de escolhas bem feitas depois de se aprender com os erros, é a combinação de esforço com ajuda, é a combinação de aprender com quem nos ensina (mesmo quando no prejudicam), é a combinação de dar com receber, é a combinação de sorrir com chorar, é a combinação de perda com sussesso, é a combinação de bom com o mal. A felicidade é a combinação de tudo o que vivemos. O interessante está na invenção da própria alegria, porque é do erro que surgem novas soluções, os desacertos movimentam-nos, humanizam-nos. Dar certo não está relacionado com o ponto de chegada, mas com o durante, e nenhuma experiencia é banal se for autêntica. Por vezes não olhamos para o lado, sob pena de ver o nosso mundo cair. "Mas o mundo já caiu, já só nos resta dançar sobre os destroços. O nosso maior inimigo é a falta de humor (mas é com ele que se constrói novos mundos que sub-rogam os que vão caindo)."





segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tudo está em tudo

Regra é da vida que podemos, e devemos, aprender com toda a gente. Há coisas da seriedade da vida que podemos aprender com charlatães e bandidos, há filosofias que nos ministram os estúpidos, há lições de firmeza e de lei que vêm no acaso e nos que são do acaso. Tudo está em tudo.


Fernando Pessoa in Livro do Desassossego


sábado, 18 de agosto de 2012

Picnic

Hoje ao vir de trabalhar vi mais ou menos isto. Uma família a fazer um picnic no jardim de casa. Até senti inveja... e embora a vontade de almoçar, não foi do que se comia que senti inveja...


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Viver de sonhos?


Existem vidas que
nos fascinam,..
nos fazem delirar…
que deixam sentimentos em nós, que nem nos apercebemos...
Poderíamos apenas viver de sonhos?
Sim,
mas que sabor teria a vida,
sem um trago de luta ou dificuldade?


Mundo que há em mim


Os dias fazem-se sentir longos
Num tempo lânguido
Correndo sem começo ou fim

O corpo cansado adormece
No silêncio rouco
Desse mundo de fantasias

O eco do pensamento
Traz murmúrios de emoções
Escondidas nesta espiral temporal

Deixa-me viver assim
Lenta e incessantemente
Do lado certo da lua
Numa dança proibida



Longo vai o dia
Que começou
E parte agora
Deixando ficar
O pulsar do coração
Levando a ver a beleza
Do mundo que
Há em mim

terça-feira, 14 de agosto de 2012

USEM E ABUSEM


Odeio quando me mentem por opção.
Quando me dizem uma mentira afirmando ser uma verdade
E nem decências têm de me olhar de frente
E odeio porque, magoa saber que têm coragem de me mentir e não têm coragem maior de me dizer a verde, sabendo que um dia ela se revela...

Eu vou dizendo que acredito nas mentiras que me dizem, é nelas que querem que eu acredite… mas o dia que me tentarem dizer uma verdade eu não vou querer saber…



Usem e abusem da minha confiança, estão à vontade.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O amor não me quer encontrar


 
Adorei a letra desta música


 
Há dias cinzentos
E dias de cor
Frágeis momentos
Com outro sabor

Lágrimas caem no chão
Como a chuva do céu
Suspendo mil sonhos no ar

Fico à espera que o Sol
Rasgue as nuvens
Me aqueça e te faça voltar
O amor não me quer encontrar

A preto e branco
Tiro uma fotografia
Rasgo-a em mil pedaços
E nasce um novo dia

Fecho os braços devagar
Sinto o teu respirar
Acredito que o tempo vai mudar

São dias cinzentos
Que nos fazem pensar

Fico à espera que o Sol
Rasgue as nuvens

Me aqueça e te faça voltar
O amor não me quer encontrar

By: Ricardo Azevedo

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

E se for por ti

Às vezes, fecho os olhos e tento esquecer o mundo. Como se não bastasse a confusão de sentimentos que trago em mim, agora vejo que alguns são ou foram em vão. 



E se eu tenta-se esquecer, não por mim, mas por ti…

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Acabei


Quando me senti atingida por algumas atitudes e certas palavras experimentei alguns litros de amargura e frieza para regurgitar aquela doçura que estava impregnada na minha alma. Ingeri alguma insensibilidade e apatia para matar o que sou por dentro. Coloquei-me no lugar do outro e senti que estava a ser injusta, comigo mesma. Acabei por me afastar de algumas pessoas que foram incapazes de se colocar no meu lugar. 




Ás vezes ainda pergunto porquê...

domingo, 5 de agosto de 2012

Esta é para nós


Neste infinito fim que nos alcançou
Guardo uma lágrima vinda do fundo
Guardo um sorriso virado para o mundo
Guardo um sonho que nunca chegou
Na minha casa de paredes caídas
Penduro espelhos cor de prata
Guardo reflexos do canto que mata
Guardo uma arca de rimas perdidas
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...
No mundo onde tudo parece estar certo
Guardo os defeitos que me atam ao chão
Guardo muralhas feitas de cartão
Guardo um olhar que parecia tão perto
Para o país do esquecer o nunca nascido
Levo a espada e a armadura de ferro
Levo o escudo e o cavalo negro
Levo-te a ti... levo-te a ti... levo-te a ti
para sempre comigo...
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que nunca perdi.

Wind


Já o sentiste? Quando ele te abraça.
Já o sentiste? Quando ele te beija.
Já o sentiste? Quando ele te aconchega.
Já o sentiste? Quando ele ouve o teu silêncio.
Já o sentiste? Quando ele te sussurra ao ouvido.
Já o sentiste? Quando ele te sente.



Já sentiste a liberdade que o vento transmite

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Up in flames

Engraçado como certas músicas mexem connosco. Ouvi esta no carro a caminho de casa. Tive de voltar a ouvir quando cheguei; ouvi uma e outra vez. Fiquei naquele estado de transe onde o olhar se prende no vazio das imagens do passado e o coração se faz sentir.



Engraçado o poder que a musia tem (=