A tristeza é um sentimento tão legítimo
como a alegria, assim como, protestar é tão legítimo como aceitar e, morrer tão
legítimo como viver. Eu sempre me senti entre aspas nas vidas que frequentam a
minha vida, porque sempre vivi sob perspectiva num mundo que pensa nas coisas
como um absoluto. Nada é linear, e o que não se consegue por caminhos certos
hoje, conquistas amanhã por linhas travessas. E nada é tão absoluto que tendo
hoje, amanhã não percas ou vice-versa. O importante é levar os nossos objectivos avante,
sem nunca esquecer que somos, também, responsáveis pelo que acontece ao nosso
redor. Já me disseram que felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem
feitas. Eu digo que felicidade é a combinação de sorte com acaso, é a
combinação de escolhas bem feitas depois de se aprender com os erros, é a
combinação de esforço com ajuda, é a combinação de aprender com quem nos
ensina (mesmo quando no prejudicam), é a combinação de dar com receber, é a combinação de sorrir com chorar,
é a combinação de perda com sussesso, é a combinação de bom com o mal. A felicidade
é a combinação de tudo o que vivemos. O interessante está na invenção da própria
alegria, porque é do erro que surgem novas soluções, os desacertos movimentam-nos, humanizam-nos. Dar certo não está relacionado
com o ponto de chegada, mas com o durante, e nenhuma experiencia é banal se for
autêntica. Por vezes não olhamos para o lado, sob pena de ver o nosso mundo
cair. "Mas o mundo já caiu, já só nos resta dançar sobre os destroços. O nosso
maior inimigo é a falta de humor (mas é com ele que se constrói novos mundos que
sub-rogam os que vão caindo)."
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