quarta-feira, 3 de junho de 2009

Se...Nunca...



Neste quarto, um espaço vazio,
apenas existe o som do ponteiro dos segundos a avançar.
Fecho os olhos, sinto a minha respiração
e viajo no mundo da imaginação.
Ao fundo vejo a ponte que une o princípio e o fim.
Dou um paço em frente, recolho os pedaços de que sou feita,
agarro-me ao mundo e procuro o que a vida me prometeu.
Desenho no horizonte uma miragem,
caminho sobre a ponte em direcção à outra margem.
Deixo para traz o peso dos dias
e a dor do caminho.
Procuro entender o rumo que a vida me fez tomar.
Procuro entender o que me fez errar.
Vou caminhando,
desamarrando os nós que o mundo faz e
vou-me soltando das armadilhas que a vida dá.
Agora que os olhos se inundam de água,
voltam histórias perdidas no tempo.
Sinto saudades de momentos que não voltam mais,
sinto saudades de momentos que quero viver...
O escuro vem do horizonte ou
a luz do olhar é que se apagou!
Os rostos já não são o que eram,
nem mesmo as pessoas se mantém iguais!
Sou feita de vagas memórias,
onde te tento encontrar...
(...)
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho...
.

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