sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gestos

Sucedem-se
uns
a seguir
aos outros
como balas…

Balas,
que tiram a vida,
que dão vida…

Num tic-tac rotineiro
avançam
entre
o esquecimento do ontem
e o desprezo do amanhã…
Os gestos marcham no hoje ao engano…

À ponta do canhão são
disparados sem alvo exacto
e quando o alvo é definido,
a mira está desfocada…



Ontem uma outra qualquer pessoa escorregou para o precipício o teu gesto de estender ou esconder a mão pode puxa-la para cima ou faze-la cair de vez.

Amanhã serás tu essa outra qualquer pessoa que no abismo vê uma mão estendida ou a ausência dela.



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