São muitas as pessoas que não dão valor ao que têm e
vivem agarradas ao que não têm. E não têm porquê? Porque a vida é madrasta. E como
madrasta que é apenas dá riqueza aos verdadeiros filhos. Os enteados são
enxotados para a penúria de uma vida de trabalho. Trabalho, esse, detentor de
um miserável ordenado. Ordenado que não permite fazer ou ter o que os ricos
têm. E o quê que os ricos têm? Os ricos têm casas e carros de luxo, roupas
caras da moda, viajam, vão a spas, compram o que lhes apetece e com isso são
felizes… já os pobres coitados são tristes porque não têm nada disso e vivem
num eterno sonho de um belo dia serem filhos legítimos da vida.
Desvalorizam
E porque desvalorizam
Deixam de querer
E como já não querem esquecem de dar valor ao que têm.
São muitas as pessoas que dão um valor distinto ao que
tem um valor efémero. Querem o que poucos têm e desprezam o que muitos pagam
com a vida por não terem.
Em comparação com os ricos, que tu desejas ser um dia,
são muitas mais as pessoas que suplicam por uma miserável refeição e por uma
gota de água, que vivem numa pobreza extrema onde na maioria das vezes não lhes é permitido adquirir uma
refeição diária para se alimentarem e alimentarem os seus filhos ou familiares
(e algumas dessas pessoas têm algo a que chamam trabalho).
Há quem não seja pobre na carteira, mas sim pobre de espírito
e de consciência! Às vezes questiono-me como algumas pessoas conseguem colocar
tudo num lado da balança e esquecem de a equilibrar. Não compreendo estas formas de viver nem quero compreender…
Este mundo é desigual, mas és tu quem o faz assim...
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