quarta-feira, 19 de outubro de 2011

(Des)Compreendo


São muitas as pessoas que não dão valor ao que têm e vivem agarradas ao que não têm. E não têm porquê? Porque a vida é madrasta. E como madrasta que é apenas dá riqueza aos verdadeiros filhos. Os enteados são enxotados para a penúria de uma vida de trabalho. Trabalho, esse, detentor de um miserável ordenado. Ordenado que não permite fazer ou ter o que os ricos têm. E o quê que os ricos têm? Os ricos têm casas e carros de luxo, roupas caras da moda, viajam, vão a spas, compram o que lhes apetece e com isso são felizes… já os pobres coitados são tristes porque não têm nada disso e vivem num eterno sonho de um belo dia serem filhos legítimos da vida.  


Desvalorizam
E porque desvalorizam
Deixam de querer
E como já não querem esquecem de dar valor ao que têm.
São muitas as pessoas que dão um valor distinto ao que tem um valor efémero. Querem o que poucos têm e desprezam o que muitos pagam com a vida por não terem.

Em comparação com os ricos, que tu desejas ser um dia, são muitas mais as pessoas que suplicam por uma miserável refeição e por uma gota de água, que vivem numa pobreza extrema onde na maioria das vezes não lhes é permitido adquirir uma refeição diária para se alimentarem e alimentarem os seus filhos ou familiares (e algumas dessas pessoas têm algo a que chamam trabalho). 





Há quem não seja pobre na carteira, mas sim pobre de espírito e de consciência! Às vezes questiono-me como algumas pessoas conseguem colocar tudo num lado da balança e esquecem de a equilibrar. Não compreendo estas formas de viver nem quero compreender…



Este mundo é desigual, mas és tu quem o faz assim...

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