quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Luar...

O silêncio enfim se fez
Contemplo a noite com brandura
Lá, ao longe no céu límpido e estrelado
Vejo a lua inundada de ternura
Faço-me menina igual sonhadora
Desperto sentidos e desejos
E anseio a ti chegar

Visto-me de luar
De intensa luz
E do topo do mundo
Olho para o planeta
Percorro vales, montanhas,
Rios e mares
Encontro-me num recanto

A noite sedutora
Teve-me em seus braços
Embalando-me em gestos de emoção
E no silêncio, cúmplices trocamos desejos
Enamorando a vida até ao infinito

Não me dei conta do tempo que passou
Do tempo que fugiu da solidão da noite
E na intimidade do sossego
Fui-me transformando
Num corpo adormecido
A noite em sua consciência
Lentamente se afastou
E a lua foi perdendo numa despedida suave
As roupas com que se vestia
Desfazendo-se a clarividência do meu momento

Que belo está o luar
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