Belas e suaves, flutuam no ar. Transparentes, lisas, breves, cintilantes. Sopro de água, sopro de vida.
Efémera beleza aprazível dessa ténue película que alberga o meu ser dentro de si. Harmonia perfeita de uma diferenciação de géneros, o sim ou o não, o positivo ou o negativo, vida ou a morte, o ter ou o perder, o ser ou o deixar de ser...
Florescem em desertos regados pelas chuvas sazonais com todo o seu esplendor e logo murcham com o estio, salvo algumas que teimam em resistir às agruras do tempo real e vão dando continuidade à sua vida fugaz. Por vezes, numa corrida louca que acaba na meta de um estalar de mil e uma gotas imperceptíveis ao olhar.
São perfeição gerada na imperfeição de um sopro que enaltecem a visão que tantas vezes rejeita o mau visível em detrimento do bom oculto.
São o palco de estrelas esvoaçando no firmamento das chamas do inferno da vida. São o ego individual em crescente, onde o sentir de que o paraíso desceu à terra se manifesta.
São bolas de sabão soltas ao vento, com todo o esplendor e beleza flutuam durando apenas o momento em que o equilíbrio dos elementos químicos se mantém.
De um momento para o outro rebentam permanecendo o salpicar na superfície imaculada como prova de uma breve existência. Como marca traduzida em desilusão e sofrimento ou como lição que se aprende mas que tantas e tantas vezes insistimos em repetir na procura de um sofrer desnecessário.
Vale a pena?
Respondo pela fala do poeta que afirma que tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
Como armadura de ferro apago desilusões, vivo o momento presente, percorro o caminho do qual recolho os pequenos grãos que me consolam a alma e dão sentido à vida.
São bolas de sabão de encantar que coloco no meu caminho!
sábado, 26 de setembro de 2009
Bolas de encantar...
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