sexta-feira, 5 de junho de 2009

Passadeira

Num Mundo dito civilizado criaram uma sinalética, que indica a automobilistas e a peões onde uns devem parar para os outros poderem atravessar a rua, a que intitularam de passadeira.

A passadeira em Portugal tem um carácter místico a roçar o sobrenatural inconsequente quer para automobilistas, quer para peões. No momento em que se põe um pé numa passadeira cria-se uma espécie de duelo entre quem quer atravessar a rua e quem tem de parar para que isso aconteça.

Não adianta explicar aos peões Portugueses que não existe nenhum dispositivo mágico e invencível que se ergue entre eles e os automóveis no memento em que pisam as faixas brancas. Assim como, não adianta explicar aos automobilistas Portugueses que por mais que estejam com pressa, que por mais que custe reduzir ou que por mais que custe parar, os sinais, as passadeiras e os peões são para respeitar.

Não adianta explicar aos Portugueses que a passadeira é um acordo tácito entre peões e automobilistas. Isto porque os peões recusam-se a assumir qualquer compromisso com as bestas condutoras e os automobilistas recusam-se a ter qualquer acordo com os insolentes que atravessam a rua.

Afinal de contas a maioria dos automobilistas são peões e os peões automobilistas? Sendo assim não deveriam de se perceber um ao outro?!

Eu generalizei, mas felizmente nem todos os peões Portugueses são inconsequentes, nem todos os automobilistas Portugueses são irresponsáveis.
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