Sempre precisei de um apoio
espiritual, aquilo que as pessoas chamam de anjo-da-guarda e em menina era
assim que eu via esse apoio. A minha avó, depois de morrer, tornou-se um pouco
isso, um anjo-da-guarda com quem falo e medito. Está comigo como quem acredita
em Deus, mesmo que talvez eu não seja uma católica devota como a Igreja
gostaria que fosse. Não sou do tipo que vai à missa, que pede coisas, que faz
promessas, físicas ou monetárias, para obter o que deseja, não faço esse tipo
de negócios, espero simplesmente que as coisas aconteçam de uma forma natural. Acho
que se as coisas acontecem é por um motivo, que têm sentido para acontecerem da
forma como acontecem, trazendo experiencias boas ou menos boas. Porque num
determinado momento da nossa vida vamos perceber porquê que tudo aquilo
aconteceu e da forma como aconteceu.
Quando me dirijo a ela numa conversa,
que não é mais de um monólogo composto pelas perguntas ecoadas pela minha voz,
as repostas preenchidas de silêncios são o que se diz ouvir o que o coração tem
a dizer. E isso faz-me sentir bem, porque é no meu coração que ela vive (:
Foi a minha avó quem me ensinou a
oração do anjo da guarda...e por ser tão simples e inata, ainda hoje é uma
oração que me encanta e tem um sentido especial.
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