segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Voo Nocturno.




Agora já não vejo o sol
nem seu reflexo lunar

levo as asas nos bolsos
e o coração a planar

neste voo nocturno
não sei onde vou aterrar

sinto as nuvens nos meus pulsos
e o leme sempre a consentir

são sempre os mesmos ossos que eu insisto em partir
neste voo nocturno só quero mesmo resistir

neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno não sei onde vou acordar

em baixo há manchas no canal
mas eu não as quero ver

poeira ou plano está frio
e as hélices a ferver

o nariz do avião
só obedece a quem quiser

agora não existe nada
o meu motor ou ralentim

vou revendo em encurdina
tudo o que eu vivi

neste voo nocturno
a madrugada vem ai

neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno não si onde vou acordar.


Jorge Palma

1 comentário:

Anónimo disse...

Continuo à espera dos texto com temas a roçar a actualidade sem lamechices nem papas nos dedos...isto anda lamechas de mais vê se t deixas disso =P

Bjo lamecha minha lamechas preferida hehehhe