domingo, 30 de agosto de 2009
Espero...que ainda consigamos...
Não mais esquecerei aquele dia,
Quero acreditar que tu também não,
Quando tudo recordo julgo que apenas sonhei,
Foi nessa tarde que te conheci, assim pensei.
Olhares ocasionais entre nós ocorriam,
Simples “olás” nos limitamos a dizer,
No início nem meu coração previa que tudo iria mudar.
Por entre relatos de nossas vidas
Por entre sorrisos e olhares
Apeteceu-me abraçar-te…tu não me pedis-te,
Senti, de certa forma, que me escondia.
Foste tu quem deu o primeiro passo,
Um simples contacto, nada mais,
Foi aí o principio de tudo, é o que penso,
Teríamos depois conversas iniciais
Onde tudo se entendia e desentendia.
Entras-te na minha vida
Fizeste tremer o meu mundo, não o posso negar,
Deixaste-me confusa,
Ainda hoje assim me consegues deixar.
Concentrada em ti um sonho vivia
A simplicidade de um abraço tomava outras dimensão,
Sentimentos inesperados e indescritíveis se formavam
E entre tantos embrulhados sons escutava apenas a tua voz.
De entre tantos erros e enganos
Nuca te querendo magoar, mas magoando,
Fui tentando acertar
E tu, tentando perdoar e perceber.
Hoje seria diferente,
Nada do que vivemos se iria repetir,
Todos os erros seriam esquecidos,
Com eles todos as dores, todas as dúvidas,
A história, imperfeita, não seria história,
Nós andaríamos ainda perdidos,
Sem perceber o impercebível, sem sorrir,
Nada disto passaria por nossa mente.
No passado um espaço não existiria,
Nas memórias recordações faltariam,
No futuro teríamos, como temos, uma incógnita,
Aos nossos corações dores não pertenceriam,
Se tudo isto fosse, todo o resto não seria.
Admito….não consigo dizer que tudo acabou…que tudo possa terminar sem antes tentar…a minha vontade é de te abraçar, de te ter perto a mim,
Não quero imaginar que não mais sonharei contigo,
Desejo que depois de tudo ainda consigamos lutar, por tudo o que podemos ter,
Seja uns breves momentos ou uma história a escrever.
Ao mesmo tempo receio que te volte a magoar, receio que me magoes,
Queria que tudo fosse como eu quero, pudéssemos avançar a uma só voz,
Queria-te... pois serei aquela que só tu podes alcançar.
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Inspirado na escrita de Daniel Paiva
domingo, 23 de agosto de 2009
Consciência...
De tudo o que demos,
De tudo o que conseguimos
Pouco aproveitamos.
Há um poema,
Que devíamos ter dito e não dissemos,
A cravar a recordação dos nossos gestos.
As mão,
Vazias,
Tristemente caídas ao longo do corpo.
Sujas talvez de dores alheias.
E o fundo de nós revela
Para diante do nosso olhar
Aquelas coisas que fizemos
E tentamos esquecer!
São, algumas delas, figuras monstruosas,
Muito negras,
Que se agitam numa dança animalesca.
Não as queremos,
Mas estão cá dentro!
São obra nossa,
Que a nossa consciência
Não deixa passar em vão.
Para mim o importante não é o efeito que as minhas possíveis atitudes erradas, as minhas possíveis mentiras me podem causar em mim, mas as consequências que elas têm nos outros! Tento sempre medir as consequências dos meus actos, das minhas palavras, das minhas decisões! Por isso antes de agires, de falares ou decidires pensa no efeito que isso terá nos outros! Pensa no que me podes estar a fazer!
sábado, 22 de agosto de 2009
Eu pergunto-me se algumas vez entenderás,
Eu pergunto-me se algumas vez tentarás.
Não fiques triste por isto,
Todas as coisas estranhas que eu escrevi,
Esvaneceram-se como a tinta seca…
Então eu digo vai, vai, segura teus punhos bem alto,
Cresce, devagar, enfrenta a luta,
Apesar de que eu espero que nunca precises.
Então eu digo corre, corre, luz cintilante,
Diverte-te e volta para casa á noite,
Tenho a certeza que me dirás algo novo,
Sim, eu consigo ver o mundo através de ti.
Lagos gelados e tempestades nocturnas,
A maioria atravesserás á tua custa,
Enfrentarás os maiores desmoronamentos.
Eu te apanharei nas quedas mais duras,
Eu te transportarei para dentro desta fortaleza,
Cantaremos durante teus melhores momentos.
Então eu digo vai, vai, segura teus punhos bem alto,
Cresce, devagar, enfrenta a luta,
Apesar de que eu espero que nunca precises.
Então eu digo corre, corre, luz cintilante,
Diverte-te e volta para casa á noite,
Tenho a certeza que me dirás algo novo,
Sim, eu consigo ver o mundo através de ti,
Coisas que fizeste e coisas que fazes,
Sim, eu consigo ver o mundo através de ti!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Mulher vs Homem
Corpo e Alma
Actualmente o corpo deixou de ser um mistério, sabemos que o que bate no peito é o coração. E a alma nada mais é que a actividade da matéria cinzenta do cérebro.
A dualidade de alma e corpo está, hoje, definida e caracterizada por termos e teorias científicas que já nada têm a ver com a conotação emocional e religiosa dada pelos nossos antepassados. O que era desconhecido e inexplicável passou a ter uma explicação lógica e racional, deitando por terra a fantasia lírica de corpo e alma.
Mas basta amar loucamente e ouvir o fragor dos sentimentos para que a alma e corpo se tornem unos e ideais científicos se desfaçam.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Há palavras que nos beijam.
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado
Palavras que nos transportam
A onde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
sábado, 15 de agosto de 2009
É já tempo...
É já tempo de me procurar!
É já hora de mudanças!
Quantos dias tenho de aguardar e perder
Para ganhar confiança?
Não te entregues mais a solidão,
Não te escondas pela multidão
Hoje é dia de arriscar...
Se esta vida não descarrilar
Vais andar às voltas e para
Sair da escuridão vais ter de saltar!
Vá para onde for
Nunca é tarde para sonhar
Eu só quero encontrar-te
Aqui num sonho meu
E poder acordar num sonho teu.
O sol já vai alto
E o meu sonho continua,
Abro os olhos
E tudo à minha volta mudou,
O mundo está diferente
E não para de mudar.
Ainda bem que a noite chegou
Para poder sonhar
Se quiseres e puderes
Vem comigo.
Pois quem ama
Sabe muito bem
O prazer que isso nos dá...
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Dia do Canhoto
O Dia Internacional dos Canhotos foi lançado a 13 de Agosto de 1992 pelo clube britânico Left-Handers, como forma de protesto contra a discriminação que sofriam os esquerdinos.
Actualmente já se verifica uma pequena mudança de mentalidades, mas como, nós, canhotos sabemos o mundo ainda é dos destros. Tesoura, saca-rolhas, utensílios de abrir latas, talheres, acessórios de computados entre muitas outras coisas são feitas apenas para quem é destro e raras são as que são feitas a pensar também nos canhotos.
Ser canhoto não decorre de qualquer deficiência, pelo que estas pessoas têm exactamente as mesmas capacidade das demais. Têm, aliás, a vantagem de se conseguirem adaptar a um meio ambiente preparado para os destros – os materiais escolares, por exemplo, são concebidos a pensar em quem desenha, escreve, corta com a mão direita e apenas em lojas especializadas – raras – se encontram artigos específicos para esquerdinos.
Não somos melhores nem piores que os destros, somos apenas iguais com a pequena diferença de fazer as mesmas tarefas de maneira diferente, mas isso todos nós somos e fazemos as coisas de maneira diferente uns dos outros, sejamos canhotos ou destros!
É com muito orgulho que sou canhota.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O vai e vem das ondas
O vai e vem das ondas é eterno e é neste vai e vem que eu compreendo a vida, pois a vida traz e leva, contrai e expande, numa constante mutação. É este fluxo que impulsiona a renovação, a vida.
Por vezes desejamos que tudo dure para sempre de forma a não perdermos quem gostamos, a não deixar o que queremos, a viver os sonhos e o que nos faz feliz pela eternidade. Mas isso não é possível, a vida é uma metamorfose constante. Sempre a Primavera, nunca as mesmas flores.
Como o velho cliché diz o importante é viver o momento e saber dar valor às pequenas coisas da vida.
Seja onde for e como for, o chão está sob os pés, o céu sob a cabeça e o cominho, com altos e baixos, é sempre em frente...
O que uma onda tira a outra dá...
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
Sonhar
Hoje não quero pensar no passado,
Nem pensar no amanhã!
Hoje não quero pensar no que me falta fazer
Ou pensar no que já fiz!
Hoje não quero deitar-me cedo,
Mesmo sabendo que amanhã é dia de trabalho!
Hoje não quero seguir o quotidiano
Nem fugir à rotina!
Hoje não quero fazer nada a não ser...
Entregar-me aos meus sonhos
E acreditar que estes podem ser reais
Nem que seja por breves instantes...
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sábado, 8 de agosto de 2009
Just another white trash county kiss
In '61, long brown hair, foolish eyes
He looks just like you'd want him to
Some kind of slick chrome American Prince
A blue jean serenade, and moon river, what you do to me
I don't believe you
Saw Cinderella in a party dress
But she was looking for a nightgown
I saw the devil wrapping up his hands
He's getting ready for the showdown
I saw the minute that I turned away
I got my money on a palm tonight
Change came in disguise of revelation, set his soul on fire
She says she always knew he'd come around
And the decades disappear like sinking ships
But we persevere, God gives us hope
But we still fear what we don't know
The mind is poison
Castles in the sky sit stranded, vandalized
Drawbridges closing
Saw Cinderella in a party dress
But she was looking for a nightgown
I saw the devil wrapping up his hands
He's getting ready for the showdown
I saw the ending where they turned the page
I took my money and I ran away
Straight to the valley of the great divide
Out where the dreams are high
Out here, the wind don't blow
Out here, the good girls die
And the sky won't snow
Out here, the birds don't sing
Out here, the fields don't grow
Out here, the bell don't ring
Out here, the bell don't ring
Out here, the good girls die
Now Cinderella, don't you go to sleep
It's such a bitter form of refuge
Oh don't you know, the kingdom's under siege
And everybody needs you
Is there still magic in the midnight sun
Or did you leave it back in 61?
In the cadence of a young man's eyes
I wouldn't dream so high!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Por entre ruas e ruelas...
Por vezes, num qualquer lugar, surge-te a sensação de que vai acontecer, o silêncio vai ser quebrado. E então, deténs-te e olhas em redor enquanto a sensação se dissipa tão misteriosamente como quando chegou.
Passam horas que se transformam em dias e os dias convertem-se em semanas, o tempo passa e tu ficas à espera de um sinal. Investigas lugares improváveis, percorres os caminhos solitários e observas, questionando, todas as imagens que os teus olhos captam. Mas, as tuas tentativas de descobrires o que tanto anseias parecem condenadas ao fracasso.
Aconteceu, cessou o silêncio. Foi revelado o sinal pelo qual esperavas.
O mundo abriu-te uma pequena fresta, pela qual passa um raio de sol ténue que te aquece e faz sobressaltar o coração.
Tomas atenção ao que te é dito. As palavras que ouves agradam-te. Tentas não deixar transparecer o quanto elas te fizeram sorrir...
Na calada da noite o teu coração diz-te que o que te foi dito é verdadeiro mas, no entanto, a tua razão diz-te o contrário. No coração não restam mais dúvidas, porém, na cabeça elas aumentaram.
No silêncio da tua existência coração e cabeça surgem como o anjo e diabo. De uma forma desorientada procuras encontrar um consenso do que ambos dizem. Mas tal não é possível! Tens de escutar apenas um, tens de acreditar no que apenas um dos dois diz!
Arriscas escolher o que fala mais alto, mas estão os dois aos gritos...talvez escolher o que faz mais sentido, mas os dois fazem sentido...estas cada vez mais desorientada.
O silêncio quebrou-se, o mundo revelou-se e o que querias ouvir foi-te dito.
Agora não sabes que fazer!
Não sabes como agir!
Tens medo de arriscar!
Tens medo de desiludir e te desiludires!
Por entre ruas e ruelas é onde te encontras perdida sem saber que rumo tomar!
domingo, 2 de agosto de 2009
________ Dead To The World
In the dead of the night you seem closer to me
The next day I wake up and know how unreal it is
Feeling so tense like I'm caught in a corner
You can't speak but I can hear you calling
I come back for you
I've been dead to the world nad I've chosen to be
Inside under pillows with marvels and wonders
Sedating my will to exist in the open
I don't move but I keep on moving
I'm only with you.